Hoje em dia quase todo aluno jovem tem foninhos em seus ouvidos, acabei me questionando sobre:
O ato de desenhar o modelo, no silencio ou com som (músicas diversas), no momento do aprendizado e aperfeiçoamento, interfere ou não?
Verifiquei que uns precisão de som, outros não. Para uns acrescentam dinamica, para outros atrapalha e muito. Mas observei que aqueles que tem um exito maior no desenho de observação, são justamente aqueles que concentram no objeto. Independente do método, e a maioria com som do ambiente, sem música. A música interfere na dinamica do fazer, mas a qualidade está no ato de ver. Logo aquele que faz de qualquer jeito, com pressa, porque quer o desenho pronto, não o conclui satisfatoriamente, isso independe do uso dos foninhos ou não.
Com o intuito de que cada pessoa melhore os seus estudos de desenhos, busquei quem seguiu este caminho de desenho de observação com concentração, até , porque não, com meditação.
Existe o livro classico ” The Zen of Seeing” de Frederick Franck, onde expõe o maximo a sua vivencia com desenho e meditação.
Eis o que temos divulgado como sendo do artista Frederick Franck na internet:
“A vida é um suspiro! A vida humana é uma chance em um trilhão para se realizar aquilo que importa. Em ver/desenhar aquilo que importa pode ser percebido através dos sentidos, não negado mas totalemente, afirmado. Enquanto vejo/desenho eu entro na natureza, eu saboreio a natureza, a natureza da realidade. O caminho de ver é um caminho do conhecimento!”
“Uma vez que você começar a desenhar uma coisa comum, uma mosca, uma flor, um cara, você percebe o quão extraordinário ele é – um milagre absoluto.”
“É para realmente ver, ver cada vez mais profundamente, cada vez mais intensamente e, portanto para estar plenamente consciente e vivo, que eu desenho o que os chineses chamam “As 10 mil coisas que há em torno de mim”.
O desenho é a disciplina mediante a qual eu constantemente redescubro o mundo. Quando passo a desenhar uma coisa comum, verifico quão extraordinária ela é. O milagre que ela é”.
“O que eu não desenhei, eu realmente nunca vi.”
“…coração que vê para a mão que rabisca”
“No momento em que o olho se abre, tudo se torna igualmente fascinante, tão inspirador, tão prenhe de significado.”
E o melhor de todos foi encontrar uma lista de tarefas excelente:
“Estes dez mandamentos vendo / desenho me foram revelados em uma montanha, mas também em um prado, em uma praia e até no metrô. Por sua revelação não veio de uma só vez, mas em parcelas, por assim dizer, ao longo dos anos, e sempre quando eu estava desenhando ocupado, e, invariavelmente, em solo sagrado. Mas isso pode ser porque, ao desenhar, toda a terra é sagrado: não separado do todo.
1. Você deve desenhar tudo e todos os dias
2. Você não deve esperar pela inspiração, pois ela não vem, enquanto você espera, mas enquanto você trabalha
3. Você deve esquecer tudo o que você acha que sabe e, mais ainda, tudo o que foi ensinado
4. Você não deve adorar seus desenhos bem e rapidamente esquecer os maus
5. Você não deve desenhar tendo exposições em mente, nem para agradar a qualquer crítico, mas apenas a si mesmo.
6. Você deve confiar em ninguém, mas no seu olho, e faça a sua mão segui-lo
7. Você deve considerar o rato que você desenha como mais importante que o conteúdo de todos os museus do mundo
8. Amarás as dez mil coisas, com todo seu coração e uma folha de grama como a si mesmo
9. Que cada ser o seu primeiro desenho: A celebração do olho despertado
10. Você não deve se preocupar em “ser alguém de seu tempo”, pois você é o seu tempo.
E é breve.”
Como sempre desejo a todos muita cor em suas vidas, até mais.